Martírio de São João Batista


Com satisfação lembramos neste dia 29 de agosto, o martírio e a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista...De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar." (Mt 11,11-14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem "precedeu" como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos. 
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: "Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente..." ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades - sua cunhada - e com ela vivia como esposo.
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: "Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista" (Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
São João Batista, rogai por nós!

Santo Agostinho, grande Bispo e Doutor da Igreja

Celebramos neste dia 28 de agosto, a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
Santo Agostinho, rogai por nós!

15 de Agosto dia de São Tarcísio - Patrono dos coroinhas

Tarcísio era um jovem acólito, com 12 anos de idade, que viveu no Século III, durante as perseguições aos cristãos decretadas por Valeriano, um implacável inimigo de Cristo. A cada dia, partindo secretamente das catacumbas, onde os cristãos então se reuniam para a Santa Missa, um diácono era enviado às prisões, para levar a Eucaristia aos cristãos que estavam condenados à morte.
Um dia, não havendo diáconos disponíveis, incumbiram o jovem Tarcísio da tarefa de levar a comunhão aos prisioneiros. Estando a caminho, na Via Ápia, Tarcísio foi encontrado por alguns jovens pagãos, seus conhecidos, que instaram-no a juntar-se a eles, em seus jogos e brincadeiras.
Recusado o convite, a turba que cercava Tarcísio notou que ele trazia algo escondido em suas mãos. Um deles, que sabia da sua condição de cristão, juntamente com outros, curiosos por conhecer os 'mistérios' cristãos, aglomeraram-se em torno de Tarcísio e passaram a maltratá-lo com fúria, para que ele lhes mostrasse o que carregava nas mãos.
Como lhes negasse a mostrar o que carregava, foi brutalmente espancado e apedrejado. Caído por força das agressões sofridas, velando ainda o Tesouro que trazia nas mãos, foi socorrido por um soldado cristão, que passava pelo local, que dispersou a multidão e levou-o, quase morto, de volta à catacumba de onde tinha partido. Não resistindo aos graves ferimentos sofridos, Tarcísio morreu no caminho. Seu corpo foi sepultado nas Catacumbas de São Calisto, e suas relíquias estão hoje custodiadas na Basílica de São Silvestre, em Roma.
Sobre este jovem mártir, o Papa São Dâmaso deixou-nos estas palavras:
"Leitor que lês estas linhas: convém-te recordar que o mérito de Tarcísio é muito semelhante ao do diácono Santo Estêvão, aos quais quer honrar este epitáfio. Santo Estêvão foi morto sob uma tempestade de pedras pelos inimigos de Cristo, aos quais exortava a se tornarem melhores. Tarcísio, enquanto levava o sacramento de Cristo, foi surpreendido por uns ímpios que tentaram arrebatar-lhe seu tesouro para profaná-lo. Preferiu morrer e ser martitizado, que entregar aos porcos raivosos a Eucaristia, que contém a Carne Divina de Cristo".



Por sua fé heroica, São Tarcísio é patrono dos jovens acólitos que servem no altar (os coroinhas) e sempre será um exemplo de coragem e devoção, um alento para aqueles que, desde a sua juventude, sofrem as agruras de serem perseguidos por sua fé.