Solenidade da Imaculada Conceição

Caros Irmãos,

Celebramos a festa da Imaculada Conceição no tempo do Advento. Maria está à raiz do mistério pascal e é o fundamento do mistério da Encarnação. Celebramos hoje uma mulher concreta, Maria de Nazaré. Deus, a quem nada é impossível criou como quis sua própria Mãe, a criou imaculada e santíssima, prevendo a encarnação de seu Filho na terra. Quando o arcanjo Gabriel lhe trouxe o anúncio da maternidade do Filho de Deus, lhe disse que ela estava repleta da graça de Deus. E no momento que ela fez uma coisa só com o Filho de Deus em seu ventre, a plenitude da graça ultrapassou todos os limites imagináveis pela criatura humana. Desde sempre o fruto mais precioso da redenção de Cristo, Maria é na história da salvação a imagem ideal de todos os redimidos.

O que vem a ser o pecado original lembrado na liturgia de hoje, tendo em vista que NOSSA SENHORA FOI PRESERVADA DO MESMO? Pecado Original é o pecado quer significar o pecado cometido por aqueles que foram os protagonistas do mistério da criação. Pecado original foi o pecado cometido por Adão e por Eva na origem da humanidade. Ensina as Escrituras Sagradas que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e os constituiu na sua amizade. Com o tempo, gozando da amizade do Criador, as criaturas humanas desobedeceram a Deus, ou seja, quebraram aquele anelo que uniam a absoluta confiança que havia entre Criador e criatura. Isso foi o primeiro pecado, o chamado pecado original. Portanto é bom sabermos que o pecado original não é o pecado do sexo livre, aquele pecado do sexto mandamento da Lei de Deus.

O pecado original é o pecado raiz de todos os pecados e desequilíbrios da criatura humana. Todos nós, indistintamente, somos implicados no pecado de Adão e de Eva. Entretanto, por causa de sua maternidade divina, Maria Santíssima foi preservada tanto do pecado original quanto das conseqüências daquele Pecado. Por isso celebramos a festa de hoje, a festa da Imaculada Conceição desde a concepção e que a Virgem viveu toda a sua peregrinação neste mundo sem pecado. Mulher privilegiada, em vista dos méritos de seu Filho, o Salvador, o Redentor da humanidade.

Ensina a Igreja, pela palavra proclamada por Pio IX que: “A Beatíssima virgem maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de deus onipotente, em vista dos méritos de jesus cristo, salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original....”

Maria é a nova Eva. Isso porque Deus não usou de Maria como um instrumento somente passivo, mas, sobretudo, porque Maria colaborou para a salvação humana com livre fé e obediência espontânea. Maria foi à criatura que forneceu a Jesus as possibilidades humanas, sendo dele a maior colaboradora na restauração da aliança com Deus. A iconografia da Virgem Imaculada lembra Maria com o pé calcando a cabeça da serpente. Isso lembra também Eva, que fez o contrário: ouviu a voz da serpente, que é o diabo e acreditou nela. Maria, calcando a cabeça do monstro do mal está nos lembrando que ela esteve acima do pecado, que ela é a vitoriosa com Jesus na história da redenção.

Caros irmãos,

A Primeira Leitura(Gn 2,9-15.20) demonstra a vitória sobre a serpente. Deus quer oferecer ao homem sua amizade, mas o homem prefere estar cheio de sua auto-suficiência: a história do pecado de Adão. Mas, ao mesmo tempo que ele toma conhecimento de sua desgraça, a promessa de que ele calcará aos pés a serpente sedutora aparece-lhe como sinal da restauração da amizade com Deus.

A Segunda Leitura(Ef 1,3-6.11-12) nos introduz no plano de Deus para com os homens, destinados a serem imaculados. O começo de Efésios resume todo o agir de Deus na palavra “bênção”. Deus é sempre; seu amor para conosco, também, desde a eternidade. E Deus é, ao mesmo tempo, a nossa meta. Mas não a podemos alcançar por nossas próprias forças. Aí intervem a graça de Deus, dando-nos Cristo como Salvador e Cabeça; por ele também, nosso pecado é apagado; nele, temos esperança: Deus nos adotou como seus filhos.

O Evangelho(Lc 1,26-38) nos defrontamos com a Anunciação: “Encontraste graça junto a Deus”. Maria conclui e supera toda a série de eleitos de Deus. Ela é a plenitude de Jerusalém, em que o amor de predileção de Deus se plenifica. A mensagem a Maria, a respeito de Jesus, supera aquela a Zacarias, a respeito de João(Lc 1,31-33). Jesus é filho da Virgem Maria, mas também presente de Deus à humanidade. Diferentemente de Zacarias, Maria responde, com a palavra ao mesmo tempo singela e grandiosa: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra”.

Irmãos Caríssimos,

Maria não é uma figura fora da humanidade. Ela encarna a criatura que Deus sempre quis, isto é, santa e em comunhão com ele. Por isso é modelo nosso: a contemplamos como um espelho daquilo que devemos, e que queremos ser. Ela é chamada de estrela da nova evangelização, mas não há entre nós e ela a lonjura de uma estrela. Porque, embora santíssima e imaculada, é carne de nossa carne, como carne de nossa carne é o seu Filho redentor, que quis conosco repartir sua privilegiada mãe.

A Imaculada Conceição pode ser considerada como Maria do Advento, pois o Senhor vem para restaurar os seres humanos, assemelhando-os mais e mais ao ser humano ideado por Deus, realizado plenamente em MARIA. AJUDE-NOS A CONCEIÇÃO IMACULADA a santos e imaculados festejarmos o Natal do seu Filho. Amém!


O Advento e seu significado
 
O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire, que quer dizerchegar. Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória.

O tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro domingos, tal como hoje celebramos.

Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade.

Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.
Mensagem de Advento de D. António Carrilho, Bispo do Funchal

Advento, tempo de renovação e de esperança A Igreja começa neste Domingo, 29 de Novembro, um tempo novo: é o Tempo de Advento, tempo de preparação para o Natal que se aproxima. Ressoa na Liturgia da Igreja o convite a anunciar a feliz notícia: “Deus vem!” Duas palavras apenas anunciam a todos os corações a esperança que renova a vida do homem e lhe abre horizontes de uma vida em plenitude. Duas palavras apenas são luz que ilumina o nosso caminho, que aquece os nossos corações e nos abre ao amor de Deus e ao nosso próximo. “O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos” (1 Tes 3,12). Advento, em latim “Adventus”, significa “vinda”. Em que consiste, então, a vinda do Senhor? Será que esta vinda também nos envolve e responsabiliza? Caminhar em Tempo de Advento é olhar para o nascimento de Cristo, há mais de dois mil anos; é apontar para a Sua última vinda gloriosa; mas é também estarmos vigilantes e atentos às Suas vindas, no hoje das nossas vidas. Preparar o Natal é olhar para a vinda de Cristo. Ele já veio. Nasceu num lugar concreto, num país concreto e transformou a nossa história e a nossa vida. Naquela pequena povoação da Judeia, em Belém, nasceu Jesus, filho de Maria, e esse Menino iniciou um caminho do qual todos nós somos herdeiros. Olhar para esse acontecimento que marca a história é sermos introduzidos na história da Salvação, no projecto de Deus que vem até nós, de uma forma muito especial, em Seu Filho Jesus. No Advento também preparamos a última vinda do Senhor. Ele há-de vir na Sua Glória, no final dos tempos. O Advento é um tempo favorável para a redescoberta de uma esperança não vaga nem ilusória, mas certa e confiável, porque está "ancorada" em Cristo, Deus feito homem, rochedo da nossa salvação. Com esta confiança construímos, agora, o nosso presente e olhamos para o futuro com olhos de esperança, com os olhos de Deus. Tempo de vigilância e oração Mas “Deus vem!”. Ele vem agora, no hoje das nossas vidas. Advento é, por isso, tempo de vigilância e de oração, tempo de perceber e experimentar a presença de Deus, a sua visita constante às nossas vidas. Deus vem agora a nós de muitas maneiras, através dos acontecimentos e das pessoas. Seja, pois, este tempo um estímulo para estarmos com os olhos e os corações bem abertos, vigilantes e atentos à descoberta da presença de Deus nas nossas vidas, na Igreja e na Sociedade, na família, no trabalho, na escola, na dor e na alegria. Veio, virá e vem sempre. Não é um simples movimento constante de aproximação, mas revela-nos quem é Deus: um Deus que continuamente se aproxima do homem, o resgata e recria. Não é um Deus ausente e desinteressado da nossa vida, mas é um Pai que vela por nós, com amor e carinho. O advento será, assim, um tempo para reconhecermos Deus tão próximo, que nos impele a agir, a reagir, a dar resposta ao Seu amor, a saborear a alegria da nossa filiação divina. “Deus vem!”. Para compreendermos o significado profundo destas palavras podemos olhar para aquela pessoa, graças à qual se realizou, de modo único, singular, a vinda do Senhor: a Virgem Maria. "Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher" (Gl 4,4). Seja Maria, Mãe do Deus que vem, a caminhar connosco neste Tempo de Advento, rumo à grande celebração do nascimento de Cristo. Seja a Mãe de Deus modelo para cada um de nós. Modelo para aqueles que esperam a vinda do Salvador com alegria, modelo para aqueles que se sabem frágeis e necessitados de Deus, mas, ao mesmo tempo, responsáveis, colaboradores e comprometidos na Sua obra. Maria foi colaboradora nessa acção de Deus, aceitando ser a Mãe do Seu próprio Filho: ela deu ao mundo Cristo Jesus, o Emanuel, Deus connosco. Com ela podemos também nós dar Cristo ao mundo de hoje; podemos viver n’Ele e anunciá-l’O, através dos nossos gestos, visitas, trabalhos e palavras, na vida de todos os dias. Visita da Senhora Peregrina É tempo de aprendermos com Maria, a Senhora Peregrina que está entre nós até ao próximo mês de Maio; aprendermos com a Mãe a sua mensagem de fé e amor: ela ensina-nos a ter um coração aberto, que vence o medo porque confia, que guarda a palavra porque é Palavra de Vida Eterna, que vence o ódio com amor, que vence a revolta com a confiança, que vence o egoísmo com generosidade. A tradicional “Renúncia do Advento” é, também, um sinal de abertura e de sentido comunitário. Neste ano será para fazer face às despesas da Visita da Imagem Peregrina à nossa Diocese. Uma forma de participação generosa de todos e, assim, juntamente com as outras formas de colaboração das paróquias, já indicadas pela Comissão Coordenadora da Visita, esperamos assegurar os recursos financeiros necessários. Imensa gente se tem manifestado muito reconhecida e agradecida por esta Visita da Imagem Peregrina. Existem até muitos sinais de que, para além da Imagem, a Mensagem vai tocando a consciência e os corações. É o mais importante na medida em que, através das expressões religiosas mais simples e acessíveis, aprofundam-se as exigências da fé e do compromisso da vida cristã. Daí o lema da Visita: “Com Maria, ser Igreja no mundo actual”. Para viver de maneira mais autêntica e frutuosa este período de Advento, coloquemos o nosso olhar em Maria Santíssima, a Virgem do Parto, e Ela será caminho para o Menino Deus. Quando Deus bateu à porta da sua vida jovem, ela recebeu-o com fé e com amor. Agora é Deus quem bate à porta do nosso coração. Não tenhamos medo e deixemos que Deus penetre e enriqueça a nossa vida com os dons do Seu Amor. Seja esta a nossa oração: “Vinde Senhor Jesus!”
Festa de Santa Terezinha de 21/09 a 01/10 de 2012 com o tema: Caminhamos pela FÉ, não pela visão.
Estamos em setembro, e no Brasil já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”.
Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o Mês da Bíblia em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30. São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do Papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por esse santo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa "popular" e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias. Setembro, mês da Bíblia A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar. Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-Lo no mundo presente, tão necessitado de Sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247). A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação à nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus. Ao lê-la, não devemos nos esquecer de que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas as palavras da Sagrada Escritura têm seu sentido definitivo n'Ele, porque é no mistério de Sua Morte e Ressurreição que o plano de Deus Pai para a nossa salvação se cumpre plenamente. Dom Raymundo Damasceno Assis Arcebispo de Aparecida-SP.
HISTÓRIA DE SÃO TARCÍSIO
Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão. Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos. Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura. Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo
A Pastoral Diocesana dos Coroinhas deseja um abençoado Dia dos Pais!
Deus é Pai Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho, Quando a tarde engolia aos poucos As cores do dia e despejava sobre a terra Os primeiros retalhos de sombra Eu vi que Deus veio assentar-se Perto do fogão de lenha da minha casa Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça E buscou um copo de água no pote de barro Que ficava num lugar de sombra constante. Ele tinha feições de homem feliz, realizado Parecia imerso na alegria que é própria De quem cumpriu a sina do dia e que agora Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe. Eu o olhava e pensava: Como é bom ter Deus dentro de casa! Como é bom viver essa hora da vida Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim. Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos, Puxar a caneta do seu bolso E pedir que ele desenhasse um relógio Bem bonito no meu braço Mas aquele homem não era Deus, Aquele homem era meu pai E foi assim que eu descobri Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus Revela-me Deus com seu Jeito infinito de ser homem. ( Padre Fábio de Melo)
Imagens da Formação para coroinhas na Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Baraúna-RN.







 
   As Coordenadoras do Grupo


IMAGENS DO 3º ARRAIÁ DOS COROINHAS DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE MARTINS-RN





























História da devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).
Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.).
No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração.
Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.
Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.
A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".
A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).
E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).

 
 





História e vida de Santo Antônio de Pádua.


  Santo Antônio nasceu em Lisboa(Portugal) em 1192, foi batizado com o nome de Fernando que mais tarde trocaria por Antônio. Era filho de pais ilustres: Martinho de Bulhöes, cavaleiro do rei Afonso II de Portugal e Maria, aparentada com Failo I, o quarto rei das Astúrias.
        Mas os maiores títulos de nobreza dos pais de Fernando eram de ordem espiritual, já que os dois professavam uma grande fé, tinham hábitos honestos e eram distinguidos por sua enorme prodigalidade para com os mais necessitados.

       Fernando herdou essas virtudes dos pais. No que se refere à piedade, cabe salientar sua especial devoção a Nossa Senhora. Desde muito jovem escolheu-a como guia e mãe, visitando com freqüência as igrejas e os mosteiros dedicados a Santa Maria.

        Aos 15 anos de idade, Antônio ingressou no mosteiro de são Vicente de Fora dos Agostinianos. Desejoso de seguir o exemplo dos Franciscanos, e talvez o martírio, mudou seu nome para Antônio, e foi aceito no Ordem Franciscana.  
Abandono o bulício do mundo
        Desde bem jovem Fernando estabelecera seu futuro. Apesar de ter pais exemplares, o mesmo não ocorria no ambiente social da nobreza: a futilidade e o desperdício invadiam palácios e castelos. Decepcionado e desprezando aquela vida, Fernando dobrava o seu tempo de oração e pedia a Nossa Senhora que o iluminasse.
Depois, decidido, renunciou-se à herança paterna e aos títulos nobiliários e ingressou na comunidade dos cônegos regulares de Santo Agostinho, no mosteiro de São Vicente de Fora, que, como o nome indica, estava localizado nos arredores de Lisboa. Era o ano de 1208. Fernando acabava de completar 16 anos. 
     Na solidão do claustro, Fernando entregou-se com empenho à oração e ao estudo. Aprofundou-se na doutrina do grande doutor da igreja, santo Agostinho, e começou a saborear a doçura e a suavidade do Senhor.
     Em razão da proximidade do mosteiro com a capital, Fernando recebia muitas visitas dos parentes e amigos, que perturbavam a paz que ele havia escolhido. Por este motivo decidiu abandonar aquele local e transferir-se para o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, sem trocar de ordem religiosa. Lá continuou a sua formação espiritual e intelectual com o intuito de viver em Cristo e por Cristo.
       Em 1219 Fernando ordenou-se sacerdote. Dedicou sua aguda inteligência a conhecer mais profundamente as Sagradas Escrituras, que, sendo livros inspirados por Deus, contêm, "a plenitude da sabedoria"- expressão muito usual entre os mestres de teologia da Idade Média. Vale destacar que, na leitura dos Santos Padres da Igreja, guardava na memória tudo o que lia, levantando a admiração dos monges que o cercavam. O anos que permaneceu em Coimbra foram determinantes para o conhecimento das ciências sagradas. Entretanto, esses progressos eram mais frutos da graça de Deus e de seu esforço pessoal do que do ambiente monacal e do trabalho dos mestres competentes, pois naqueles anos os monges do mosteiros estavam envolvidos nas intrigas políticas de seu país, muito nefastas e cruéis.
 Prega na Itália e no Sul da França
        Depois de permanecer um longo período no eremitério de Montepaulo (comarca da Romagna), frei Antônio começou uma das etapas mais significativas de sua vida como evangelizador popular.

        Naquela época, a Lombardia estava cheia de hereges, cátaros  e patarinos. Antônio, com a eloqüência de sua palavra e o conhecimento da Bíblia e sem a sofística dos hereges, conseguiu erradicar o mal dos corações de seus ouvintes,  muitos dos quais, abjurando os erros, decidiram abraçar novamente a fé católica.

        No começo encontrou forte resistência por parte dos hereges, que impediam o comparecimento do povo aos seus sermões; e foi assim que diz a tradição o santo teve de recorrer à eficiência do milagre.

        Foi o que aconteceu, por exemplo, na cidade de Rímini, diante da apatia de um público que se negava a escuta-lo. Antônio aproximou-se da praia, do mar Adriático, perto da foz do rio Marecchia, e começou a dirigir-se aos peixes, dizendo-lhes:  Escutem a Palavra de Deus, peixes do mar e do rio, já que os hereges não querem escutá-la”.
        De repente, acudiu ao lugar uma multidão de peixes que levantava a cabeça para fora da água e escutava,  mansos e em perfeita ordem.

       O fato propagou-se por toda a cidade e as pessoas passaram a escutar o santo; até mesmo um considerável número de hereges converteu-se à fé católica.

        Em Assis(Itália), encontrou-se com São Francisco, surgindo entre eles uma amizade sincera e duradoura. Incentivado pelo santo patriarca, revelou-se grande pregador da Palavra de Deus e descobriu assim o destino de sua vida. Em suas pregações, combatia com veemência as injustiças e desordens sociais, a exploração dos pobres pelos usurários e a vida incorreta de certos setores do clero.

         Lecionou teologia nas Universidades e Bolonha e Pádua(Itália), Toulouse e Montpellier(França). Proferiu célebres sermões adquirindo grande fama como orador sacro. Sua palavra era acompanhada por milagres e prodígios diversos, o que contribui para o crescimento de seu prestígio e santidade.

                                                    Morre aos 39 anos
        No ano de 1230,  Frei Antônio retirou-se para uma localidade perto da cidade de   Pádua. Com a saúde debilitada pelo excesso de trabalho apostólico, pelo jejum e pela penitência, recolheu-se no convento-eremitério de Arcela dos frades franciscanos, em Camposampiero, perto do castelo de um amigo seu, nobre e conde. Em volta do castelo havia um bosque espesso e nele, uma nogueira enorme com uma ramagem densa e a copa em forma de coroa. Frei Antônio pediu ao nobre cavaleiro que construísse para ele uma pequena cela entre os galhos da árvore, como lugar afastado e próprio para o silêncio e para contemplação.

       Um dia, enquanto fazia a frugal refeição no convento de Argela, foi acometido por um forte mal-estar, que paralisou todos os membros do seu corpo. Os frades o levantaram e deitaram sobre um leito de palhas. Antônio foi piorando progressivamente. Pediu a presença de um religioso para se confessar, que lhe ministrou também o sagramento da unção dos enfermos. depois de ter comungado, entoou seu hino predileto deidiado a Nossa Senhora, a quem sempre demonstrará grande devoção:  ("Ó Senhora gloriosa excelsa sobre as estrelas"). Depois com um sorriso e uma expressão de paz imensa, disse aos que o cercava: "Vejo o meu Senhor", e entregou a alma a Deus.

      Era sexta-feira 13 de junho de 1231, tinha apenas 39 anos. Poucos dias depois, o corpo do frei Antônio recebeu sepultura na igreja do convento dos frades menores de Santa Maria de Pádua.  Um ano, em 30 de maio de 1232, o papa Gregório IX, inscreveu nos catálogo dos santos.

      Posteriormente em Pádua, ergue-se uma grande Basílica, na qual descansam suas relíquias (sua língua) que leva o seu nome, hoje é um grande centro de peregrinações,onde dirigem-se pessoas do mundo inteiro.

         Santo Antônio continua sendo o santo mais popular do Brasil, conhecido também como padroeiro dos pobres, santo casamenteiro; é sempre invocado para achar objetos perdidos, e é muito lembrado nas festas juninas, nas quais são acesas fogueiras em sua homenagem.

        
Santo Antônio quer que a nossa fé se fortaleza pelo bom exemplo e pelas boas ações, porque a fé sem obras é morta. "Eu vos esconjuros, pois deixai vossa boca emudecer-se e vossas ações falarem! Nossa vida está tão cheia de belas palavras e tão vazias de boas obras" (Santo Antônio).
                                                             
      
Biografia de Santo Antônio de Pádua
1192: Nasce em Lisboa, filho de Maria e Martinho de Bulhões. É batizado com o nome de Fernando. Reside na frente da Catedral.
1202: Com sete anos de idade, começa a freqüentar a escola, um privilégio raro na época.
1208: Ingressa no Mosteiro de S. Vicente, dos Cônegos Regulares de S. Agostinho, perto de Lisboa. Torna-se agostiniano. Aos 16 anos.
1211: Transfere-se para Coimbra, importante centro cultural, onde se dedica de corpo e alma ao estudo e à oração, pelo espaço de dez anos.
1219: É ordenado sacerdote. Pouco depois conhece os primeiros franciscano, vindos de Assis, que ele recebe na portaria do mosteiro. Fica impressionado com o modo simples e alegre de viver daqueles frades.
1220: Chegam a Coimbra os corpos de cinco mártires franciscanos. Fernando decide fazer-se franciscano como eles. É recebido na Ordem com o nome de Frei Antônio, enviado para as missões entre os sarracenos de Marrocos, conforme deseja.
1221: Chegando a Marrocos, adoece gravemente, sendo obrigado a voltar para sua terra natal. Mas uma tempestade desvia a embarcação arrastando-a para o sul da Itália. Desembarca em Sicília. Em maio do mesmo ano participa, em Assis, do capítulo das Esteiras, uma famosa reunião de cinco mil frades. Aí conhece o fundador da Ordem, São Francisco de Assis. Terminado o Capítulo, retira-se para o eremitério de Monte Paolo, junto dos Apeninos, onde passa 15 meses na solidão contemplativa e no trabalho braçal. Ninguém suspeita da sabedoria que aquele jovem frade português esconde.
1223: Chamado de improviso a falar numa celebração de ordenação, Frei Antônio revela uma sabedoria e eloqüência extraordinárias, que deixam a todos estupefatos. Começa sua epopéia de pregador itinerante.
1224: Em brevíssima Carta a Frei Antônio, São Francisco o encarrega da formação teológica dos irmãos. Chama-o cortesmente de " Frei Antônio, meu bispo".
1225: Depois de percorrer a região norte da Itália, passa a pregar no sul da França, com notáveis frutos. Mas tem duras disputas com os hereges da região.
1226: É eleito " custódio" na França e, um ano depois, " provincial" dos frades no norte da Itália.
1228: Participa, em Assis, do Capítulo Geral da Ordem, que o envia a Roma para tratar com o Papa de algumas questões pendentes. Prega diante do Papa e dos Cardeais. Admirado de seu conhecimento das Escrituras, Gregório IX o apelida de "Arca do Testamento".
1229: Frei Antônio começa a redigir os "Sermões", que hoje possuímos impressos em dois grandes volumes.
1231: Prega em Pádua a famosa quaresma, considerada como o momento de refundação cristã da cidade. Multidões acorrem de todos os lados. Há conversões e prodígios. Êxito total! Mas Frei Antônio está exausto e sente que seus dias estão no fim. Na tarde de 13 de junho, mês em que os lírios florescem, Frei Antônio de Lisboa morre às portas da cidade de Pádua. Suas últimas palavras são: " Estou vendo o meu Senhor ". As crianças são as primeiras a sais pelas ruas anunciando: "Morreu o Santo".
1232: Não tinha bem passado um ano desde sua morte, quando Gregório IX o inscreveu no catálogo dos santos.
1946: Pio XIII declara Santo Antônio Doutor da Igreja, com o título de "Doutor Evangélico".



Corpus Christi: Sustento e Remédio



Na Eucaristia celebramos o mistério da morte e ressurreição do Senhor. Nela atualizamos o sacrifício do calvário de maneira incruenta e proclamamos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte com a sua ressurreição. O Senhor Jesus quis estar entre nós de maneira acessível, por isso ao instituir a eucaristia na quinta-feira santa igualmente instituiu o sacerdócio para que a Igreja, por meio de tão excelso sacramento, perpetuasse sua presença na história da humanidade. “Fazei isto em memória de mim”, disse o Senhor, ordenando os apóstolos, à Igreja como continuadora de sua missão salvífica. Ele quis não apenas estar entre nós, mas em nós: “Desejei ardentemente comer convosco esta páscoa”. Este desejo ardente do Senhor revela sua solicitude, compaixão e misericórdia por uma humanidade desfalecida e carente de amparo, ferida por tantas ilusões e muitas vezes desnorteada, sem perspectiva de um futuro mais justo e digno. A Eucaristia abre para nós um horizonte novo de possibilidades. É neste sentido que entendemos a oração que afirma a Eucaristia como “sustento e remédio”. Sustento para que os desafios da caminhada não nos façam desfalecer e remédio para os males que ferem a nossa dignidade de filhos e filhas de Deus. A comunhão estabelece entre nós e Deus um vínculo de amor, que nos encoraja, fortalece e cura as feridas da alma, alma esta que, no dizer do salmista, revela: “minh´alma tem sede de Deus, pelo Deus vivo anseia com ardor”. O desejo ardente do Senhor, ao encontrar-se com o nosso, eleva nossa dignidade e faz-nos participar de sua vida, viver no tempo e no espaço como antegozo do céu, vida em abundância.

Ascensão de Cristo, ascensão da Humanidade

"Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus".
A palavra ascensão significa elevação. Por si só, esta palavra já vem carregada de significado. Elevar é ser colocado numa posição mais alta, de destaque, é reconhecer que aquele que está sendo elevado merece o prêmio por ter cumprido bem a sua missão. Se entre nós humanidade, temos o costume de premiar pessoas que se destacam por seu heroísmo em nossas comunidades colocando as no pódio, então não é difícil entender o significado da festa da ascensão do Senhor. Depois de cumprir a vontade de Deus encarnado-se e tornando se um de nós, chega a hora de Jesus voltar para o Pai. De uma maneira bastante simples, o livro dos Atos dos Apóstolos, faz a seguinte narração: Depois de dizer isso Jesus foi elevado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu de forma que seus olhos não mais podiam vê-lo. (At 1, 9 ) .
A singeleza desta narração, por certo não descreve a grandeza do acontecimento, mesmo porque diante de tão grande mistério as palavras perdem o sentido. Os discípulos estavam estupefatos, paralisados diante de tamanha maravilha, só mais tarde iriam compreender o verdadeiro significado da ascensão do Senhor aos céus. O grande mistério que viria a ser revelado posteriormente é que ao subir para o céu, Jesus eleva consigo toda a humanidade. Lembremos que ao se encarnar ele nos assume por completo e por assumir a nossa humanidade, ele nos redime também por completo. A sua ascensão é também a nossa ascensão. O catecismo Igreja católica resume para nós esse mistério de fé assim: A ascensão de Cristo assinala a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, donde voltará, mas que até lá o esconde aos olhos dos homens. Jesus Cristo cabeça da Igreja, nos precede no Reino glorioso do Pai para que nós, membros do seu corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele. Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a infusão do Espírito Santo.
Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus. Em Cristo ressuscitado e elevado ao céu, toda a humanidade participa diretamente da glória de Pai. Quando Deus se torna humano se encarnando por seu filho Jesus, ele o faz por amor e, para realizar o seu plano salvífico recriando novamente não só a humanidade, mas todo o universo. Todo esse universo é então verbificado, transformado pela ação salvadora de Deus. Isso significa que a humanidade assunta ao céu atraída pela ascensão de Jesus, está inserida no seio da comunhão trinitária, é uma humanidade que é permeada pela comunicação direta do Pai do Filho e do Espírito Santo. Portanto de posse deste mistério de tamanha grandeza de Deus em relação a nós, não podemos ficar parados, é preciso sair pelo mundo e espalhar essa Boa Notícia. Vale aqui o conselho dos dois Homens de branco aos discípulos: Homens da Galiléia porque ficais aqui parados olhando para o céu? (At 1, 11) … É missão nossa agora procurar as coisas do alto, romper as velhas amarras que nos prendem, vencer em nós mesmos o egoísmo e partirmos para uma ação libertadora. Precisamos de todas as maneiras possíveis promover a dignidade dos filhos de Deus, contar a todos o que Jesus fez por nós, nos libertando do cativeiro que não nos deixava vislumbrar novos horizontes. Precisamos dizer a todos que somos uma nova humanidade, não há mais lugar para mesquinharias, a glória do Pai está sim entre nós, somos uma Humanidade redimida e, esta redenção precisa se atualizar em gestos concretos de Amor, Solidariedade e Paz, prioritariamente com os excluídos da nossa sociedade. Não poderemos viver plenamente a ressurreição e ascensão do Senhor enquanto tiver irmãos nossos diminuídos.
Jesus nos deu o exemplo, com seu sacrifício nos elevou a todos, nos colocou bem junto do Pai, nós enquanto caminhamos neste mundo temos que dar as mãos aos nossos irmãos oprimidos e elevá-los ao pódio da dignidade humana, para que experimentando a nossa solidariedade façam a experiência da Graça Divina presente no mundo. Assim procedendo, estaremos cumprindo o que disse Jesus: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)


Imagens da VII - Romaria dos Coroinhas e Infância Missionário - Diocese de Mossoró/RN


Porque o mês de maio é dedicado a Maria?

                                                          O mês de maio mariano é uma herança européia



O mês de maio é dedicado a Maria apenas pela Igreja do Ocidente
Entrando no mês de maio, mês na devoção popular, dedicado à Maria, que nos traz de volta as lembranças das devoções, tais como; a reza do terço, coroação, ladainha e etc.
A espiritualidade Mariana é forte na Igreja Católica e Ortodoxa.
O mês de maio mariano é uma herança europeia, uma vez que na Europa maio é tempo de primavera, que no Brasil corresponde ao mês de outubro, igualmente dedicado a Nossa Senhora por ser o mês do rosário.
Na Europa o mês de maio é celebrado em diversos países para homenagear o reflorescimento da natureza. É um mês de festas, de divertimentos, de poesia..., que tem suas origens em tradições muito antigas. No mundo pagão, por exemplo, acontecia a Florência, isto é, grandes festas com danças, cantos, etc., em honra da deusa da vegetação, a Flora Mater.
No mundo cristão, como tentativa de corrigir os excessos e abusos destas festas tradicionais e torná-las mais cristãs, a partir do século XIII, a figura de Maria começa a ser associada ao mês de maio. O primeiro a dar este importante passo foi Afonso X, rei de Castela e León, na Espanha. A partir de então começam a surgir práticas devocionais no sentido de homenagear a Virgem Santíssima, a mais bela e perfeita das criaturas. Na Itália, por exemplo, São Filipe Neri (1596) ensinava os jovens a prestarem homenagem a Maria durante o mês de maio, praticando atos de virtude e de mortificação, louvando-a com cantos, enfeitando suas imagens com flores, etc.
Em 1677, o padre dominicano A.D. Guinigi, inicia uma espécie de confraternidade que dedica o mês de maio a Maria com exercícios devocionais. Na Alemanha, um frade capuchinho publica uma coletânea de cantos específicos para o mês de maio. Aos poucos, então, esse mês vai tomando um aspecto mariano que se consolida no século XVIII com a publicação de algumas obras importantes, como a do padre jesuíta A. Dionisi, que pode ser considerado o iniciador do mês mariano no sentido moderno.
É importante lembrar que o mês de maio é dedicado a Maria apenas pela Igreja do Ocidente. Para a Igreja do Oriente, o mês mariano por excelência é o mês de agosto, quando se celebra a festa da Dormição de Nossa Senhora.
Neste mês dedicado a Nossa Senhora, vamos celebrar a festa de Nossa Senhora de Fátima (13), de Nossa Senhora Auxiliadora (24) e Nossa Senhora de Caravaggio (26).
Reze o terço diariamente e uma Ave Maria, às 18h pela santificação da família.
Confiai na Virgem Santíssima, Auxiliadora Nossa “e vereis os milagres”, dizia Dom Bosco.